Se você encontrasse uma carteira com quase R$ 1 mil dentro dela e nenhuma indicação de quem fosse o dono, o que você faria? Bem, essa resposta você pode deixar como um comentário ao final desse texto. Mas vou te contar aqui o que o comerciante Ricardo Cante, 47 anos, fez ao viver essa situação em setembro de 2019.
Há mais de cinco anos, ele tenta encontrar o dono ou dona da bolsinha preta que encontrou dentro do seu carro com R$ 990,20. Um grupo de pessoas voltava de uma viagem do interior de Pernambuco para o Recife na Van dirigida por Ricardo antes de ele encontrar o dinheiro. Porém, ninguém disse ter perdido a quantia. Até hoje, o dono nunca apareceu.

Durante esses anos, ao ficarem sabendo da história, algumas pessoas até procuraram o comerciante dizendo que seriam os proprietários, mas não conseguiram provar. Ricardo segue com o dinheiro à espera do verdadeiro dono. As nove cédulas de R$ 100, uma de R$ 50, duas de R$ 20, uma moeda de R$ 0,10 e duas moedas de R$ 0,05 estão guardadas dentro da mesma carteira deixada na Van.
“Está tudo do mesmo jeito desde o dia 30 de setembro de 2019. São as mesmas cédulas e moedas. Meu desejo é entregar tudo ao verdadeiro dono. Todos esses anos, o dinheiro permaneceu e segue guardado. Não posso usar uma coisa que não é minha”, ressalta Ricardo. Junto ao dinheiro, não havia documentos ou cartões de banco com a identificação do proprietário.
A única pista que poderia levar Ricardo ao dono do valor perdido não ajudou muito. Na carteira havia um comprovante de saque de R$ 998,00, o que correspondia ao salário mínimo daquele ano, e se tratava de um pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O valor foi retirado em 28 de setembro de 2019 e o comprovante já informava que o próximo saque deveria ser feito no dia 29 de outubro.

O comerciante diz que foi em agência bancárias tentando descobrir quem era o titular da conta e também tentou fazer um depósito com os dados que estavam no comprovante encontrado junto ao dinheiro. Nada deu certo. Ricardo foi informado que aquele tipo de conta não permitia a opção de depósito, pois era uma conta só para pagamento do benefício.
“O tempo foi passando e ninguém chegava com uma prova de que era o dono do dinheiro. Então, eu procurei um amigo que trabalha numa agência do mesmo banco que estava no comprovante e ele não localizou nenhuma conta válida com aqueles dados. Foi aí que o mistério foi aumentando ainda mais”, lembra o comerciante.
Ricardo conta que já ouviu de muita gente que ele ficasse com o dinheiro, mas o comerciante se nega. “Dizem que eu já deveria ter gasto, que foi Deus quem mandou pra mim, que o dono não vai mais aparecer, falam várias coisas. Mas sei que existe um dono e essa pessoa pode precisar desse valor. Não usei o dinheiro até agora e nem pretendo fazer isso. Só queria que esse mistério fosse esclarecido”, finaliza o comerciante.
Que exemplo 👏🏻
Boa noite
eu esperaria alguém reclamar.
caso ninguém aparecesse eu guardaria por um tempo no banco.
Quem sabe agora depois da matéria o(a) dono(a) não aparece!!
Mas a questão é: como provar a Ricardo que a pessoa é a verdadeira dona daquele dinheiro?
Depois de cinco anos, acho que ele já poderia ser declarado oficialmente o dono do bem. Pior é que ele não gastou nem investiu o dinheiro, que só fez perder valor de compra. Talvez valesse mais a pena dar alguma destinação à quantia que não fosse só deixar entocada sem rendimento.