Interditado desde março de 2019 e localizado num dos endereços mais caros do Recife, o Edifício Holiday vai a leilão nesta quinta-feira (30), a partir das 11h. O prédio de 17 andares e marco da arquitetura moderna na capital pernambucana foi um dos primeiros arranha-céus a ser construído no Recife, ainda na década de 1950. O lance mínimo inicial para a vendo do prédio é de R$ 35.731.026,76 nesta primeira chamada. A venda do prédio ocorrerá apenas de forma virtual no site www.lancecertoleiloes.com.br, do leiloeiro público oficial Luciano Resende Rodrigues.
O leilão do imóvel foi autorizado no dia 5 de dezembro de 2024 em decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital no processo nº 0013676-17.2019.8.17.2001, de autoria da Prefeitura do Recife. O juiz Marcos Garcez, titular da unidade, determinou a venda do Holiday em função do seu estado de abandono e decadência e risco para a sociedade. Caso não haja ofertas de compra nessa primeira tentativa, haverá um segundo leilão no dia 20 de fevereiro, às 11h, com lance mínimo de R$ 21.438.616,05.
O edifício fica localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, entre a Avenida Conselheiro Aguiar e a Rua dos Navegantes, área muito valorizada do ponto de vista imobiliário. Com formato de meia-lua, o prédio possui 442 apartamentos tipo stúdio de um quarto, 34 apartamentos de dois quartos e 17 lojas comerciais. O Holiday foi construído em 1956. Foi desocupado totalmente em 2019 devido a problemas em sua estrutura. Três mil famílias residiam nos apartamentos na época e tiveram que deixar suas residências.
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O edital foi publicado no Diário de Justiça de Pernambuco e no Diário Nacional da Justiça Eletrônico. De acordo com o arquivo, pessoas físicas e jurídicas podem se inscrever até o dia 28 de janeiro para participar dessa primeira chamada e oferecer lances, desde que entreguem a documentação exigida.
No documento, também está definido que o futuro arrematante não poderá demolir o Holiday. A regra obrigatória atende à decisão do desembargador Antenor Cardoso, que estabeleceu a proibição da demolição do prédio como item do edital. O edital estabelece ainda que as reformas de recuperação do edifício serão custeadas exclusivamente pelo arrematante e deverão seguir as diretrizes do Plano Diretor do Recife.
O valor de alienação foi resultado de uma avaliação judicial do Edifício Holiday concluída no dia 13 de abril de 2024. O laudo indicou valor de R$ 34.924.000,00 e foi atualizado pela tabela do ENCOGE, chegando ao valor final de R$ 35.731.026,76.
O valor de alienação foi resultado de uma avaliação judicial do Edifício Holiday concluída no dia 13 de abril de 2024. O laudo indicou valor de R$ 34.924.000,00 e foi atualizado pela tabela do ENCOGE, chegando ao valor final de R$ 35.731.026,76.
*Com informações do TJPE.
